sexta-feira, 26 de julho de 2013

OAB intermedeia reunião entre manifestantes e Prefeito




Pela primeira vez, desde que os protestos começaram, o prefeito Murilo Zauith se reuniu com os manifestantes que ocupam o prédio da Câmara municipal da cidade. Foi na noite dessa quinta-feira (25).
O encontro tão esperado pelos manifestantes foi na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Dourados. A reunião começou com uma hora de atraso.
De um lado: o primeiro escalão da prefeitura e um dos donos da empresa de ônibus que faz o transporte coletivo. Do outro lado representantes do movimento. E no meio o prefeito Murilo Zauith com o representante da OAB, que intermediou a conversa.
A reunião durou duas horas. O prefeito deixou claro que não vai pedir para os manifestantes saírem da câmara.
Os manifestantes querem a redução imediata da tarifa de ônibus e a apresentação de um projeto que indique a municipalização do transporte público. A administração municipal garante que um projeto já está em estudo, mas a redução no preço da passagem, por enquanto, não será possível.
“Eu penso que eles querem manifestar, podem manifestar, mas o nosso caminho do executivo é o diálogo, é esse exercício que nós estamos tendo é essa conversa que vai continuar eu não tenho como chegar a uma empresa que faz dois anos que está com a tarifa congelada e chegar para ela hoje depois de dois anos e obrigá-la a baixar esse transporte”, diz o prefeito.
A reunião terminou sem acordos. Um novo encontro foi marcado.
“Avaliamos como negativo, pela não apresentação de proposta concreta  de redução”, diz o estudante, Leandro Lucato Moretti.
A reunião terminou às sete horas da noite e logo em seguida os manifestantes voltaram para a câmara de vereadores. Eles afirmam que só vão sair daqui quando houver uma proposta concreta de redução da tarifa por parte do poder público.
O plenário está ocupado há mais de vinte dias. Na entrada da casa de leis, as fotos dos presidentes da câmara foram substituídas por rostos de índios. Mas foi uma mesa quebrada que mais chamou a atenção. A polícia esteve no local e abriu inquérito para apurar a denúncia de dano ao patrimônio público. Os estudantes alegam que foi um acidente e vão pagar o conserto. (Com colaboração Miriam Nevola, TV MS Record)